Harry G. Frankfurt, Da Treta
Io credo nelle persone, però non credo nella maggioranza delle persone. Anche in una società più decente di questa, mi sa che mi troverò a mio agio e d'accordo sempre con una minoranza. (Nanni Moreti)
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segunda-feira, 30 de maio de 2011
Treta e Mentira
«A comparação pertinente não está, contudo, entre dizer uma mentira e produzir uma treta qualquer. O pai Simpson identifica a alternativa à mentira como "safar-se com uma treta qualquer". Isto não implica apenas dizer uma treta; implica todo um programa de produção de treta à medida da necessidade ditada pelas circunstâncias. Esta é, talvez, a chave para a sua preferência pela treta em detrimento da mentira. Mentir é um acto que implica uma focagem muito precisa. Está concebido para inserir uma determinada falsidade num ponto específico de um sistema de crenças e valores, de forma a evitar as consequências de ter esse ponto ocupado pela verdade. Isto requer um grau de perfeição artesanal, no qual o autor da mentira se sujeita aos limites objectivos impostos por aquilo que ele considera ser a verdade. O mentiroso está inevitavelmente preocupado com o valor-verdade. Para inventar uma mentira, ele precisa de começar por pensar que sabe o que é a verdade. E de forma a inventar uma mentira eficaz, ele tem de conceber a sua falsidade à luz dessa verdade.»
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