Carlos João Correia, «Schiller e o Problema da Identidade Pessoal», in Educação Estética e Utopia Política
Io credo nelle persone, però non credo nella maggioranza delle persone. Anche in una società più decente di questa, mi sa che mi troverò a mio agio e d'accordo sempre con una minoranza. (Nanni Moreti)
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Identidade
«A prova de que o senso comum não pode constituir, por si só, princípio metodológico de análise deixa-se traduzir no célebre paradoxo filosófico, conhecido pelo barco de Teseu ou ainda, noutras versões, pelo paradoxo de Argo, o navio de Jasão e dos Argonautas. Os termos deste paradoxo são conhecidos: Teseu, herói mitológico grego, tinha um barco com o nome Ariadna constituído integralmente por pranchas de madeira. Gradualmente, ao longo de vários anos de permanência do mar, essas pranchas são removidas e substituídas por outras pranchas. Um dia, sem que Teseu e a sua tripulação se tenham apercebido a última prancha original foi substituída de tal modo que todas elas são agora novas pranchas. O construtor de navios do estaleiro decidiu então aproveitar todas as peças substituídas construindo um novo navio, utilizando como plano o mesmo modelo utilizado na construção do barco Ariadna. A questão paradoxal é a seguinte: qual dos dois navios é ainda idêntico ao original? Teseu jurará a pés juntos que sempre navegou no mesmo navio e que o novo navio é apenas semelhante ao seu; por sua vez, o construtor habilidoso dirá que este novo navio é idêntico ao original tanto do ponto de vista material como formal. O paradoxo encontra-se no facto de ambos, tanto Teseu como o construtor, estarem a falar verdade.»
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