Acerca de mim

A minha foto
Oeiras, Portugal
Aluno e Professor. Sempre aluno.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O meu país é um navio sem rumo certo. Não que a um país devesse exigir aquilo que não é exigível à natureza humana, uma vez que não sei o que é um rumo certo quando a ela me refiro. Apenas sei que o meu país titubeia nas mãos de capitães entregues a conversas de café. A tempestade avança sem que os capitães a que em refiro sejam capazes de um gesto mínimo em direcção à compreensão ínfima das ondas. Nas mãos de tais navegadores, existe uma gente que pressente a deriva e que, ainda sem reacção, procura permanecer à superfície do mar revolto. Há um país que espera e que, em silêncio, permanece no uso dessa bênção a que se usa chamar paciência. Os dias são cinzentos, de um cinzento pesado, escondidos nas costas de um sol que ilude. Vivemos um tempo de resignação positiva, porque, ainda em choque, não sabemos bem o que fazer. O dia virá em que a ideia de espera se sobreporá e dela nascerá a luz, a única capaz de manter a vigília de um sol sincero…

Sem comentários: