e erras também, em outra fantasia;
o corpo que puseste não tem nada
da milagrosa carne em que te via.
Como gente banal é que te quero
no retrato inaugural da escola,
que as gerações futura possam ter
por divertido talismã antigo.
Se te magoas, com saliva colo
o intervalo mental de que te queixas,
e sirvo vagos doces de canela
à lembrança que deixas nos sentidos;
ainda um dia terás o rosto humano,
que te possa beijar sem ser ferido.
António Franco Alexandre, Duende
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