O permanente não existe senão para os nossos grosseiros órgãos, que resumem e confundem as coisas em planos comuns, ainda que nada existe com essa forma. A árvore é, a cada instante, uma coisa nova, e nós afirmamos a forma porque não apreendemos a subtileza dum movimento absoluto; introduzimos nesse movimento absoluto a linha duma média matemática; as linhas e as antefaces são introduzidas por nós em conformidade com os princípios do intelecto - e nisso consiste o erro. Nós admitimos a identidade e a permanência porque não podemos ver senão o que é permanente e evocamos, nas nossas recordações, o que é semelhante (idêntico). Quanto ao em si, não é a mesma coisa: nós não temos o direito de transferir o nosso cepticismo para a essência.»
Friedrich Nietzsche, A Vontade de Poder - Volume I - O Niilismo Europeu
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