«O Deus de Moisés está sempre para lá, sempre além. A sua raiz verdadeira - o bem - não está no
passado, mas no
futuro. O passado e o presente têm valor
para o futuro. A concepção judaica do tempo diverge profundamente não só da concepção "circular" dos Gregos, mas também da concepção "linear" do cristianismo histórico, pauliniano. O tempo judaico centra-se não no
presente do Cristo, mas no
futuro do Deus sempre outro e sempre além, do Deus "outro que o ser". Se o
passado
e perigo e ameaça, o
presente é
deserto, não tem qualquer valor em si. A Terra a habitar é sempre o futuro. Toda a cadeia do tempo está suspensa do futuro. Por isso, o deserto não é um período de provação, mas um
destino. É a condição permanente do povo judeu.»
Vitiello, Vincenzo, «Deserrto, ethos, abandono, Contribuição para uma topologia do religioso, in Derrida, Jacques e Vattimo, Gianni, A Religião
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