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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Futuro

«O Deus de Moisés está sempre para lá, sempre além. A sua raiz verdadeira - o bem - não está no passado, mas no futuro. O passado e o presente têm valor para o futuro. A concepção judaica  do tempo diverge profundamente não só da concepção "circular" dos Gregos, mas também da concepção "linear" do cristianismo histórico, pauliniano. O tempo judaico centra-se não no presente do Cristo, mas no futuro do Deus sempre outro e sempre além, do Deus "outro que o ser". Se o passado 
e perigo e ameaça, o presente é deserto, não tem qualquer valor em si. A Terra a habitar é sempre o futuro. Toda a cadeia do tempo está suspensa do futuro. Por isso, o deserto não é um período de provação, mas um destino. É a condição permanente do povo judeu.»

Vitiello, Vincenzo, «Deserrto, ethos, abandono, Contribuição para uma topologia do religioso, in Derrida, Jacques e Vattimo, Gianni, A Religião 

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