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Oeiras, Portugal
Aluno e Professor. Sempre aluno.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O sol è grande e o vento arrebata as folhas que violentamente se precipitam no alcatrão de uma estrada de estios longínquos. Sonhava com estios que me tirassem a roupa e me transportassem para longe. Desde que me conheço que sei não ser este o meu lugar, mas o pior è que também não sei qual è o meu lugar. Por isso vagueio, por isso persisto em buscar qualquer coisa, uma qualquer imprecisão que desconheço, mas que seguramente me permitirá um encontro. Não deve ser casual o facto de me dispersar facilmente diante das coisas comuns, tornando-as muitas vezes complicadas. Sem razão eu sou outro e adquiro características diferentes de mim mesmo em circunstâncias por vezes semelhantes. A minha ironia corresponde a uma necessidade vital de confrontar-me de forma sistemática com os poderes da argumentação. Argumentar corresponde a um processo de distanciação, muitas vezes profunda, entre as minhas teses temporárias e a perspectiva de as poder modificar. Quando me refiro aos meus problemas, estou sinceramente a nomear uma categoria de condições que trago comigo e para as quais procuro respostas. Eu sou da espécie daqueles que não têm um chão seguro, que sabem que qualquer certeza è suspceptível de ser aperfeiçoada, nem que seja pelo simples facto de poder ser contrariada de forma absoluta. O meu desafio è este e tem que ver em primeiro lugar comigo próprio. Por isso argumento.

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