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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fenomenologia do Espírito

«A desigualdade que ocorre na consciência entre o eu e a substância, que é o seu objecto, é a sua diferença, o negativo em geral. Ele pode ser considerado como o defeito de ambos, mas é a sua alma ou aquilo que os move; é essa a razão por que alguns antigos conceberam o vazio como o motor, ao compreenderem o que move certamente como o negativo, mas ainda não este como o si mesmo. - Se este negativo aparece agora em primeiro lugar como a desigualdade do eu em relação ao objecto, ele é também a desigualdade da substância em relação a sim mesma. O que parece acontecer fora dela, ser uma actividade contra ela, é o seu próprio agir, e ela mostra a si ser essencialmente sujeito. Quando a substância mostrou isto completamente, o espírito tornou o seu ser-aí igual à sua essência; ele é para si objecto, tal como ele é, e o elemento abstracto da imediatez e da separação do saber e da verdade é ultrapassado. O ser é absolutamente mediado; ele é conteúdo substancial, que é do mesmo modo imediatamente propriedade do eu, tem o carácter do si mesmo, ou é conceito. Com isto se conclui a fenomenologia do espírito. O que o espírito nela prepara para si é o elemento do saber. Neste expandem-se agora os momentos do espírito na forma da simplicidade que sabe o seu objecto como si mesma. Eles já não se desmoronam na oposição do ser e do saber, mas permanecem na simplicidade do saber, são o verdadeiro na forma do verdadeiro, e a sua diversidade é só diversidade do conteúdo. O seu movimento, que neste elemento se organiza num todo, é a lógica ou filosofia especulativa.»

G. W. F. Hegel, Prefácios 

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