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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Muitos livros de história são escritos a partir da descrição de acontecimentos, de notícias de acontecimentos históricos. No entanto, se apenas se detiverem nessas notícias, esses livros fazem relevar aquilo que está contido na pobreza do homem que, de acordo com Kirkegaard, terá ficado satisfeito por ter circum-navegado a vida. Em contraponto a esta maneira de ver, na perspectiva do homem que, apesar de ter circum-navegado a vida escolhe a repetição, então diria que a primeira perspectiva se limita a apresentar colecções de acontecimentos, habitualmente apresentados de forma cronológica. Mas esta maneira de apresentar a história não é satisfatória, visto que não se projecta no futuro, apenas se deixando envolver pelo manto de um passado “resolvido”. Ora a história, entendida como um processo, não se deixa conter nos limites que esse manto lhe impõe, irrompe para lá das suas fronteiras e procede a uma actualização constante dos acontecimentos históricos, enquadrados, tanto no tempo em que ocorreram, como no tempo em que são lidos e à luz daquilo que é o espírito do tempo, do tempo em que ocorreram, como do tempo daquele que os interpreta e estuda.

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