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Aluno e Professor. Sempre aluno.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sem que alguma vez de lá tenha saído, regressei a casa. Ainda não é esta a casa que procuro. Apenas a casa temporária que me alberga em dias de recolhimento.
Visitei um lugar familiar, de onde, emergente, o tempo se me apresentou. De tal maneira o fez que me deixou ofuscado. Hoje não vi as pessoas com quem estive e procurei conversar, manter uma conversa, ou várias, cruzadas, de cujo teor não me lembro, porque as não ouvi, de tal modo o aroma do tempo se me manifestou, impante, irreversível. O tempo em que permaneci naquele lugar é um tempo em que eu não tinha a roupa que hoje trago vestida, em que os meus cabelos não eram grisalhos, um tempo em que havia um triciclo e um quintal e o mundo parecia imóvel. Hoje dei conta de um vazio, compreendido entre aquele triciclo e esta roupa.
Vazio ainda mais veementemente registado nos movimentos circulares agora descritos.

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