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sábado, 13 de março de 2010

an All would not die and nothing would die in the All. Only the singular can die and everything mortal is solitary
Franz Rosenzweig, The Star of Redemption
O motivo da espera, ou, melhor dizendo, de uma espécie de parêntesis que encontramos em alguns autores é, muitas vezes económico, no sentido em que um sacrifício só é susceptível de ser concebido a partir de uma ideia redentora, de um ganho futuro. É também a partir dessa perspectiva que se podem observar percursos de resistência. Em todos os autores com quem tenho convivido, esse desejo envolve uma ideia de todo que se estende muito para além dos respectivos anseios privados. O movimento introspectivo que realizam resulta, assim, de uma necessidade de sobrevivência, mas também e provavelmente da consciência de terem um designio por cumprir. Eles sabem, no sentido de estarem conscientes, que as suas existências singulares e solitárias serão sempre as suas matérias perecíveis e que, em contrapartida, é pela Ideia, pelo todo em que assentam os seus sistemas mentais que alguma vez poderão apanhar o movimento da terra, de forma a de lá não mais saírem.

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