quando não tiver olhos ainda
te verei: e como nunca até.
Se os vermes os comerem, ou em tição
mudarem antes da leve poeirada,
fina, indetectável,
se os olhos
não estiverem, não abrirem, não
soltarem água,
se os olhos não forem mais do que a memória,
eu te verei então
eu te verei ainda:
e mais que nunca até.
Pedro Tamen, Rua de nenhures
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