Oscar Wilde, Intenções, quatro ensaios sobre estética
Io credo nelle persone, però non credo nella maggioranza delle persone. Anche in una società più decente di questa, mi sa che mi troverò a mio agio e d'accordo sempre con una minoranza. (Nanni Moreti)
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Autobiografia
«Sim, uma autobiografia é irresistível. Aquele pobre, tolo e presumido secretário Pepys ganhou entrada, falando pelos cotovelos, no círculo dos Imortais; consciente de que na indiscrição está a parte de leão do valor, afadiga-se entre eles, perfeitamente à vontade, na sua «felpuda casaca violeta de botões dourados e renda em arco», que tanto gosta de nos descrever, enquanto se vai gabando, para seu e nosso infinito prazer, do saiote azul da Índia que comprou para a mulher, das «fressuras de um belo porco» e do «agradável fricassé francês de vitela» que adorava comer, dos seus jogos de bola e arco com Will Joyce, da sua «caça às mulheres», das suas declamações dominicais de Hamlet, de como tocava violeta nos dias de semana, e outras coisas triviais ou pecaminosas. Nem mesmo na vida real o egotismo deixa de ter atractivos. As pessoas que nos falam dos outros são normalmente desinteressantes. Quando nos falam de si mesmas são quase sempre interessantes, e, se fôssemos capazes de calá-las quando se tornam aborrecidas, com a mesma facilidade com que podemos fechar um livro de que nos cansámos, seriam absolutamente perfeitas.»
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