Existe uma inevitabilidade que percorre o seu caminho. Uma inevitabilidade que nos mantém a todos ligados, mesmo que apenas pelas recordações que experimentamos. Existe a inveitabilidade de querer ser outro sendo o mesmo, de fugir, mesmo quando a dor provocada pelo corte se revela imensa e ao mesmo tempo delicada. Fugir à inevitabilidade parece ser a ilusão suprema, a ilusão. Contudo, não se pode fugir da ilusão, do mesmo modo que não se pode fugir dos laços que vamos criando sem dar conta, com as pessoas que nos acompanham, mesmo quando fisicamente distantes, com as nossas histórias particulares. Há quem cresça até à adolescência... há quem nunca consiga parar de crescer... há mesmo quem nunca cresça... Mas nunca se cresce sozinho.
A paisagem não nos permite crescermos sozinhos e isso é bom. O importante é a palavra, mesmo que não seja dita. O importante é trazermos a palavra dentro de nós, para que possamos tornar a ilusão menos penosa.
Sem comentários:
Enviar um comentário